quarta-feira, 14 de abril de 2021


E de grão em grão a felicidade se reconstrói 
Por entre os muros da indecisão. 
Quão confortável é o ser que, em sua plenitude, 
Reconecta sua alma à essência do sentimento.
Respiro... foi, é e sempre será a conjugação mais
Sincera do destino do meu sorriso.

                                                                            Fernanda Duque. 

 


Quem dera se soubéssemos a importância do tempo, das pequenas coisas, das nuâncias da vida em sua magnitude. Quem dera tivéssemos tempo para apreciar as minorias e reconhecer no outro a melhor versão nós mesmos. Errar todo mundo erra, afinal estamos em um mundo onde as maiores imperfeições começam dentro de nós mesmos. Onde a simplicidade para ser fidelizada necessita do azedume da mágoa para refletir a imagem do céu. Enquanto não acolhermos o amor em sua completa magia, não existiremos na integralidade, na certeza de dias melhores e na honestidade do coração humano. A base da nossa dignidade vem do acolhimento que se esbarra nas imperfeições alheias. A honestidade da falha se reinventa no olhar, no abraço sincero, no coração machucado, mas que apesar da dor insiste no progresso. Amar ainda nos é tarefa árdua, pois na complexidade da nossa inferioridade ainda impera o egoísmo e a vaidade. A certeza de que é no outro o repouso da nossa calmaria. Ainda que na resistência pelo pedido de desculpas, o sol sempre aparece, nos trazendo a oportunidade de dias melhores. Ainda que nos falte a fé, a mão que se estende nunca volta vazia, porque a graça mesmo sempre existiu nos recomeços.

Fernanda Duque.