quarta-feira, 12 de junho de 2013

E, inevitavelmente, vamos sendo expostos ao nosso próprio consciente, desnudando toda hipocrisia e recriando novas formas de amar.
                     Fernanda Duque.

terça-feira, 11 de junho de 2013


Hoje foi um dia incomum, fora de tudo aquilo que me prendia ao "normal". Um dia isento de cobranças alheias e internas, de questionamentos. Assim, suave. Me deixei levar pelos pensamentos mais etéreos, mais sutis, mais verdadeiros. Aqueles que fazem o coração serenar, sabe? Que nos deixa em êxtase com a própria consciência, nutrida por aquele sentimento de paz e descanso. Aquele olhar novamente invadiu minha mente e não consegui evitar. Lembrei de um tempo, um passado presente que guia meus dias e fortalece meus instintos. Um tempo solitário, onde de tudo me saíam perguntas descabidas, outras vezes, reconfortantes. Saber que aqui dentro algo pensa e sente é muito mais aconchegante. Aqui dentro pude ser tudo. Tudo mesmo. Pude ser a princesa, a menina acanhada, a investigadora, a sonhadora, a sorridente, a carente e apenas eu mesma.  Foi onde aprendi a apreciar o que me faltava. A ausência de algo que me completava e me acertava em cheio o estômago me fugia por entre os dedos. Tudo se tornava frio, monótono, incolor. De um jeito ou de outro eu sabia que um dia eu teria as respostas para alguns dos meus questionamentos. Hoje em dia, penso que minha vida se resume no meu presente e nas coisas que crio. Tudo aquilo que um dia foi vazio hoje transbordou. Te vi no meio da multidão. Reconheci pelo coração, pelo passado, pelo presente e pelo futuro. Te reconheci pelo que sou, pelo que me tornei. Um eu perdido por muitos anos e que agora se encontra num estágio de crescimento fascinante. Um bem estar natural, ingênuo. Um estranho normal que me mostrou o que é ser você mesmo por completo. Aí eu penso: "De onde vem tudo isso?". Agora eu te digo... Da alma!
 Fernanda Duque