segunda-feira, 25 de junho de 2012

As coisas mais belas estão nos gestos mais singelos! Entretanto, é preciso suavidade na alma para entender seus significados.
      Fernanda Duque.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

      Memórias perfeitas escorrendo pelas escadas. Já não posso mais lutar e ir de encontro contra minha própria mente, ao ponto de enlouquecer intrinsecamente. Tudo o que necessito está aqui, bem na minha frente. Um outro gole de Whisky e tudo parece ficar perfeito. Tudo desejando ser como sempre fora antes, mas toda vez que dou o primeiro passo pareço atravessar sua mente e me arrependo de ter tomado o último gole. Sou a única nadando nesse sentimento que me agradou durante um tempo. Relevante seria descartar tudo que um dia compactuei ser necessário para minha sobrevivência. Não saberia ligar novamente, lidar novamente com os mesmos sentimentos de outrora, afim de reviver e recordar momentos pretéritos que me extraíram os melhores sorrisos.
       Pinturas mentais são feitas diariamente sem que eu me dê conta da minha real identidade. Ao longo desse caminho aprendi a ser sozinha. Aprendi a calar e a ouvir. Não tenho dúvidas de que isso me trouxe algo que hoje em dia se tornou natural em minha vida. Um diário qualquer imaginário que só reflete feixes de minha personalidade e do que eu realmente sou e sinto. Desejos reprimidos pela constância das situações. Dores sendo sufocadas a cada instante e as lágrimas sendo engolidas pelo intervalo de tempo onde meu orgulho se encontrou ferido por anos. De alguma forma o tempo me escolheu. Determinou meu estágio e minha vontade de voltar ao destino e ao lugar aonde sempre pertenci. Uma luz no fim da vida que sempre reavivou meus pensamentos e minhas lembranças. Uma brava luta interna, onde meu coração ficou confuso ao saber qual o próximo passo a ser dado. Um rio de saudade alargava minha vida e tomou conta de todos os meus impasses. Salve-me. Tira-me daqui. Eu não pertenço ao lugar aonde me tiraram o sorriso, o brilho dos meus olhos, a minha vida.
         Eu costumava olhar a vida como uma oportunidade de soerguimento moral e espiritual, onde tudo e todos têm um propósito. Acredito que um dia eu poderei voar sem precisar voltar porque alguém ou algo me prendeu. Acredito no dia em que abrirei as portas da minha vida e organizarei todos os móveis que ficaram fora de ordem no dia em que houve o terremoto. Perdas, perdas e mais perdas. A hora do recomeço. Chegou a hora de rearranjar tudo de um jeito novo e sereno. Lágrimas perdurarão no meio do caminho, mas serão aliviadas com as lembranças do seu sorriso. Você se foi, mas deixou marcas que se eternizarão na minha vida. Acredito em segundas chances, mas parece que as minhas já não serão suficientes para suportar tudo àquilo que um dia fomos submetidos. Penso que tudo o que escrevo aqui seja bobagem e o que eu realmente queira dizer é que te amo e que tudo faria para permanecer ao seu lado pra sempre. Compartilhando com você as minhas alegrias, minhas vitórias, suas conquistas, suas lágrimas, nossas dúvidas, combatendo nossas divergências, vivendo e lutando para sermos felizes novamente. Um tempo interrompido pela vida e que agora pede descanso.

             Fernanda Duque.